quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Segredos de um apartamento solitário



No quarto, paredes sem cor
Na lembrança, uma alma que se esconde
Dando um infame lugar a dor
Na sala, livros jogados e copos quebrados
Sem ao menos serem emendados
Quem dera fossem, objetos quebrados
Sempre serão trincados
A noite se aproxima, com um doce
Crepúsculo, que alivia a agonia
De uma noite sozinha.
Diga por si, faça por si.
Noites solitárias não são ruins
Mas objetos quebrados,
Rasgam a alma,
Em pedaços que outrora
Fora iludido
Na varanda, a liberdade
O doce e inesperado
Que já fora conquistado
Liberdade que brilha lúcida
pela companhia de amigos
A varanda me acolheu
A varanda me fez feliz
Em noites não tão solitárias.
Que nitidamente me diz
No quarto, caixas relíquias
Na alma o desejo que grita.